Estava aqui em casa arrumando
algumas gavetas e encontrei a minha primeira carteira de advogado. Olhando para este documento tive lembranças
da época da faculdade. Das dificuldades de terminar um curso superior com duração
de 5 anos, que no meu caso foram 6, pois perdi um semestre devido a
transferência de faculdade e porque tranquei a faculdade em outro semestre. Tive
que ouvir piadinhas, mas sempre as ignorava e respondia com bom humor.
Lembro-me também das noites de
sono mal dormidas, devido ao trabalho de conclusão de curso.
No caso de quem cursa Direito e
quer advogar, ainda é preciso fazer o Exame da Ordem, prova esta que não é nada
fácil. E assim, mais noites de sono mal dormidas, para passar na prova.
No final deu tudo certo e está
valendo a pena. Passei de primeira no exame da ordem, recebi nota 9 no meu
trabalho de conclusão de curso e ainda tive a honra de vê-lo publicado na
revista da faculdade. Nesta época, já trabalhava em tempo integral no
escritório e assumia vários compromissos. Depois das minhas conquistas as
piadinhas viraram elogios. Ficaria 7 anos na faculdade se fosse preciso!
Foi uma época muito boa. Faria
tudo de novo!
Bem, mas não acabou por ai, agora
tenho outro desafio, que é construir uma carreira sólida na advocacia. A
primeira batalha eu venci, mas ainda tenho uma guerra para vencer.
Mas hoje me sinto orgulhoso de
dizer: sou advogado! Não com um tom de arrogância, mas com um tom de orgulho,
de satisfação, por pertencer a uma classe profissional tão importante, que já
foi e é representada por pessoas brilhantes, como foram, só para exemplificar,
Ruy Barbosa, Sobral Pinto e Márcio Thomas Bastos.
Os elogios de clientes e de
colegas de profissão me fazem acreditar que estou no caminho correto. Mas às
vezes também recebo “puxões” de orelha, devido aos pequenos erros que todos
cometemos, mas que devemos ouvir e aprender, para sempre melhorar. Erros são
comuns, só erra quem tenta.
Porém, eu sei que apenas estou no
início de uma longa caminhada, que talvez seja sem fim. A caminha em busca da
perfeição. O desafio de fazer o melhor trabalho possível para o meu cliente.
A conclusão de tudo que passei e
que estou passando, é que devemos amar o que fazemos. Só quem ama o que faz
abdica o tempo de lazer, família, noites de sono, e muitos outros sacrifícios,
para alcançar o seu objetivo. Sem amor, as coisas são mal feitas, os clientes
não acreditam em você, seus familiares não te apoiarão, em fim, os dias ficarão
mais difíceis e tristes.
O que eu entendo é que não
importa se você é médico, advogado ou gari. Toda profissão é importante e têm
uma função na sociedade.
Se você tem vergonha do que faz,
não se envergonhe. Orgulhe-se do que faz. Nem todas as profissões têm o prestígio que merecem na
sociedade, mas cabe ao profissional fazer com quem ela tenha o devido respeito.
Como exemplo, eu cito o Guilherme Machado, autor do site guilhermemachado.com,
que com muito entusiasmo e estudo, está mudando a visão da profissão de
corretor de imóveis, que infelizmente está desgastada devido a imagem que maus
profissionais passam.
Esta é profissão que eu escolhi,
que amo e que pretendo seguir até o fim da minha vida.
Pare terminar eu repito: tenho
orgulho de dizer que sou advogado!
E você, ama o que faz? Se não
ama, troque de profissão ou aprenda a amar.